domingo, 25 de março de 2007

Para quando o Vatican Fashion Week?



No outro dia, numa conversa sobre a exortação apostólica do Papa Bento XVI, um amigo dizia-me que achava bem trazer o latim e os cantos gregorianos de volta às celebrações e tornar a saudação da paz mais sóbria. Nada de abraços. Como as minhas conversas sobre religião com esse meu amigo, apesar da nossa divergência de opiniões, conseguem sempre ser equilibradas eu disse: "Se o Diabo veste Prada, o Papa não pode calçar Prada!". " Dissemos mais umas duas ou três parvoíces e depois acabámos por nos perguntar quem vestiria o Papa. Fui investigar. De facto, muito se tem falado sobre os gostos de Bento XVI no que diz respeito a modas. Parece que não gostou dos seus paramentos e acabou por dispensar os serviços da família Gammarelli, que confeccionava as vestes papais desde 1792. Convocou o alfaiate dos seus tempos de cardeal, Alessandro Cataneo, e Raniero Mancinelli, dono de uma marca especialista em indumentárias religiosas de luxo. Demonstra um certo gosto pelo uso das peles que faziam já parte do "guarda-roupa papal" e que não eram usadas desde os anos 60. Óculos Gucci e sapatos Prada também fazem parte dos seus acessórios. Estamos a um passo de tornar real a cena do desfile de roupas eclesiásticas de "Fellini Roma"(1972).

1 comentário:

Anónimo disse...

Os complementos são fundamentais!
O Papa Ratzinger, apreciador da moda retro, recuperou pequenas capas, chapéus e gorros usados pelo Papa Roncalli, João XXI, que morreu em 1963.