Falem-me de homicidas e assassinos em série e lembro-me logo do olhar alucinado e da suástica na testa do Charles Manson, de um Assassino do Zodíaco ou de um Norman Bates. Para se ser serial killer há que manter uma reputação e uma certa imagem, por isso, foi com muito espanto que assisti aos vídeos do YouTube do "Rei Ghob".
Uma mente criminosa colecciona mechas de cabelos em frasquinhos e guarda lamelas com sangue dentro do ar condicionado, não faz vídeos de "teletransporte" em posição de "franguinho assado", com banda sonora do Emanuel e efeitos especiais do tempo do cinema mudo. Uma criatura assustadora não se filma a cantar "Eu Vou A Fátima Rezar" com uma peruca roxa! Imaginem o que seria se houvesse vídeos do Jack, o Estripador a cantar "Ai Chega, Chega A Minha Agulha" ou de Rosemary e Fred West a cantarem "Passear Contigo, Amar e Ser Feliz". Bem sei que não se podem julgar as pessoas pela aparência, mas a única coisa que eu teria medo que este senhor me fizesse era que me decorasse a casa. Enfim, cada país tem os serial killers que merece.